quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Origem da Formação Profissional do Arquiteto

  O homem sempre precisou vencer as barreiras impostas pela natureza desde o começo de sua existência. Criar um local onde o mesmo poderia descansar, se proteger, guardar sua alimentação, foi um primordial passo para a ideia de "abrigo".
 É possível traçar origens do pensamento arquitetônico em períodos da pré-história, porém as primeiras grandes obras de arquitetura que se tem notícia na História da Humanidade remontam à antiguidade, datam de 8 mil anos antes de Cristo, foi a fortificação da cidade de Jericó.


 Durante a Pré-História surgem os primeiros monumentos e o Homem começa a dominar a técnica de trabalhar a pedra e o abrigo é a construção predominante nas sociedades primitivas. Este tipo de construção ainda pode ser observado em sociedades não totalmente integradas na civilização ocidental, como os povos ameríndios, africanos, aborígenes, entre outros.


 À medida que as comunidades humanas evoluíam e aumentavam, acometidas pelas ameaças bélicas constantes, a primeira modalidade arquitetônica a se desenvolver foi militar. O modo como os indivíduos lidavam com a transformação de seu ambiente imediato era então bastante influenciado pelas suas crenças. A vida cotidiana estava baseada no respeito ou na adoração do divino e ao supernatural. Os principais edifícios das cidades eram os palácios e os templos.


 As cidades marcavam uma interrupção da natureza selvagem, consideradas o espaço sagrado em meio natural. Da mesma forma, os templos dentro das cidades marcavam a morada dos deuses em meio ao ambiente humano.
 Esta responsabilidade fazia com que a figura do arquiteto estivesse associada aos sacerdotes ou aos próprios governantes e a execução dos edifícios era acompanhada por diversos rituais que simbolizavam o contato do Homem com o Divino.

 Na Idade Média, a Cristandade definiu uma visão de mundo nova, que não só submetia a vontade humana aos desígnios divinos como esperava o individuo buscasse o divino.
 Mais tarde, com o desenvolvimento da arquitetura gótica, busca-se alcançar os céus através da indução da perspectiva para o alto. Nesse momento ocorre o desenvolvimento das tecnologias construtivas. 


 A construção das catedrais, principal esforço construtivo da época, é acompanhada por toda a população e insere-se na vida da comunidade ao seu redor.
 O conhecimento construtivo é guardado pelas corporações, as quais reuniam dezenas de mestres-obreiros (os arquitetos de fato) que conduziam a execução das obras, mas também as elaboravam. A figura do arquiteto (como sendo o criador solitário do espaço arquitetônico e da construção) não existe mais.

 Na Idade Moderna, antigos tratados arquitetônicos romanos são redescobertos pelos novos arquitetos, influenciando profundamente a nova arquitetura. Houve mais evolução nas técnicas construtivas. Algumas regiões italianas, em especial Florença, devido ao controle das rotas comerciais que levavam a Constantinopla, tornam-se as grandes potências mundiais e é nelas que se desenvolveram as condições para o desenvolvimento das artes e das ciências - cultura Renascentista.
 Houve a criação da École Nationale des Ponts et Chaussés (1747), em Paris, que vem a ser a mais antiga Grande Escola da França, e também o mais antigo estabelecimento de ensino da engenharia civil no mundo.


 Na Idade Contemporânea, as cidades passam a crescer de modo inédito e novas demandas sociais relativas ao controle do espaço urbano devem ser respondidas pelo Estado, o que acabará levando ao surgimento do Urbanismo como disciplina acadêmica.

 O papel do arquiteto será constantemente questionado e novos paradigmas surgem, alguns críticos alegam que surge uma crise na produção arquitetônica que permeia todo o século XIX e somente será resolvida com o advento da arquitetura moderna no século XX.

 Esse é apenas um pequeno resumo da origem da nossa formação profissional, vista mais detalhada na disciplina de História da Arquitetura.





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